segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A claraboia e o holofote #28 (III)









Uma leitura do Manifesto do Partido Comunista




Lenin 

3.  Antes de Lenin




Vindo ao mundo em 1870, Vladimir Ilitch cresceu à sombra da geração de marxistas nascidos nos anos 50, a quem coube a tarefa de organizar a 2ª Internacional e estabelecer as diretrizes da socialdemocracia.  Na Alemanha, Bernstein e Kautsky foram os homens mais ilustres dessa geração. Por causa das leis antissocialistas de Bismarck (1878), eles conheceram o exílio, conviveram com Marx e Engels, e adestraram-se no jornalismo panfletário e na organização clandestina dos trabalhadores. Com o fim das leis antissocialistas em 1890, o SPD se tornou um imenso partido de massa, que não foi nem um pouco afetado pelas divergências teóricas de cúpula entre os partidários do revisionismo de Bernstein e os seguidores da ortodoxia de Kautsky. “Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, tinha mais de 1 milhão de membros efetivos e, nas eleições de 1912, atraiu mais de 4 milhões de votos – cerca de um terço do eleitorado, embora a restrição do número de votantes o privasse da maioria dos assentos no Reichstag. Os sindicatos aliados ao SPD – os Sindicatos Livres – também tinham quase 2,6 milhões de membros. Era o maior partido marxista do mundo, e se tornou um modelo para os socialistas de toda a Europa.” (David Priestland, A Bandeira Vermelha: uma história do comunismo, p. 80) Muito do êxito do SPD se devia ao seu compromisso com os interesses imediatos da classe trabalhadora urbana, à qual fornecia uma ampla rede de segurança e solidariedade, e à renúncia à prática revolucionária, em proveito do sindicalismo e da negociação parlamentar. A despeito de suas diferenças, Bernstein e Kautsky concordavam que o SPD não era um partido que fizesse revolução.

Se, na Alemanha, o pensamento marxista era hegemônico, na Rússia, ele disputava com com várias correntes radicais, das quais a mais importante era o movimento Narodnichestvo (“Em direção ao Povo” ou Populista). Os narodniks eram críticos do capitalismo industrial, o que os levava a se interessar pela obra de Marx, mas recusavam a ideia de que o socialismo deveria emergir das contradições últimas do capitalismo. Ao invés disso, propunham chegar ao socialismo diretamente a partir da obshchina, a propriedade comunal tradicional dos camponeses russos, pulando a etapa da modernização capitalista. Essa tese, que iria se tornar herética para a ortodoxia socialdemocrata, despertou o interesse do velho Marx que, no final da sua vida. No Prefácio à edição russa do Manifesto de 1882 – o último que Marx assinou - pode-se ler:

O Manifesto Comunista tinha como tarefa a proclamação do desaparecimento próximo e inevitável da moderna propriedade burguesa. Mas na Rússia vemos que, ao lado do florescimento acelerado da velhacaria capitalista e da propriedade burguesa, que começa a desenvolver-se, mais da metade das terras é possuída em comum pelos camponeses. O problema agora é: poderia a obshchina russa – forma já deteriorada da antiga posse comum da terra – transformar-se diretamente na propriedade comunista? Ou, ao contrário, deveria diretamente passar pelo mesmo processo de dissolução que constitui a evolução histórica do Ocidente?
Hoje em dia, a única resposta possível é a seguinte: se a revolução russa constituir-se no sinal para a revolução proletária no Ocidente, de modo que uma complemente a outra, a atual propriedade comum da terra na Rússia poderá servir de ponto de partida para uma evolução comunista.”
(Karl Marx e Friedrich Engels, Londres, 21 de janeiro de 1882)

Os primeiros marxistas russos, tendo à frente Georgi Plekhanov, outro homem da geração de 1850, não demonstravam a mesma disposição de analisar todos os aspectos da questão. Contra os narodniks, Plekhanov insistia na necessidade de a Rússia alcançar um estágio plenamente capitalista, pois a revolução seria obra do proletariado industrial, e não dos camponeses, mergulhados como estavam no atraso e no culto supersticioso ao czar. O desenvolvimento econômico do final do século XIX confirmava a perspectiva dos marxistas:

“W. Rostow believed that at the end of XIX — early XX century Russia has entered a stage of take-off with self-sustained growth . According to P. Gregory during 1885-1913 the growth rate accounted for 3.25% per year, and per capita — 1.75% per year. In comparison with the developed countries of the time Russia was one of the fastest growing economies.
Industrial growth rates were significantly higher than the average for the national economy and for the years of industrial expansion (1885–1913) reached 5.72%, and in 1890-ies — even 8.03%. During the period the average annual growth rate of industrial production in the U.S. amounted to 5.26%, in the UK — 2.11%, in Germany — 4.49%, in Sweden — 6.17%. Thus at the turn of the XIX–XX century Russia held one of the first places in the world for the pace of industrial development.
 A characteristic feature of the reform era was growth of the urban population. High taxes and redemption payments for land made peasants flock to cities and industrial towns, factories, mining industries and to railway construction in order to earn money to survive. The influx of cheap labour was one of the most important factors in capitalization of the country.
From the second half of nineteenth century manufacturing begins to develop rapidly. In the European part of Russia, especially in Moscow and Moscow region, Donbas, Volga region and St. Petersburg region numerous factories were built. The most intensively developed branch of industry was metallurgy, textile industry and construction.
By the early 80's of nineteenth century, along with continued development of handicrafts, the role of factory production was increasing. An important feature of its formation was gradual transition from manual labour to mechanization. The greatest development of machine technology was in the manufacturing sector. Metallurgy industry, which contained 24.8% of all engines and concentrated 77.5% of all workers, gave 86.3% of total production industry.
Rising demand for manufactured goods caused innovation and production increase during the nineteenth century and the beginning of twentieth century.”
(Ekaterina Khaustova, Pre-revolution living standards: Russia 1888-1917 pp. 4-5)

Não demorou para que se multiplicassem os grupos marxistas, atraídos pelos êxitos do SPD e pelo alegado rigor científico d’O Capital, que passara a fornecer um guia para o processo de modernização russa O terrorismo anarquista, niilista ou populista, tão forte nas décadas anteriores tornava-se menos sedutor para os universitários radicais dos anos 90. O destino dos irmãos Ulianov ilustra dramaticamente essa mudança: o mais velho, Alexandre, envolveu-se com o grupo populista Narodnia Volia; foi enforcado em 1887 por planejar um atentado contra o czar Alexandre III; o mais novo, Vladimir, se enfronhou no estudo de Marx e Engels, de Kautsky e Plekhanov; veio a tornar-se o líder de uma revolução vitoriosa que abalou o mundo. 
“The idea that Marxism could bring Russia closer to the West was perhaps its principal appeal. Marxism was seen as a ‘path of reason’, in the words of Lydia Dan, lighting up the way to modernity, enlightenment and civilization. As Valentinov, another veteran of the Marxist movement, recalled in the 1950s:

We seized on Marxism because we were attracted by its sociological and economic optimism, its strong belief, buttressed by facts and figures, that the development of the economic of capitalismo by demoralizing and eroding the foundations of the old society, was creating new social forces (including us) which would certainly  sweep away the autocratic regime together with its abominations. With the optimism of the youth we had been searching for a formula that offered hope, and we found it in Marxism. We were also attracted by its European nature. Marxism came from Europe. It did not smell and taste like home-grown mould and provincialismo, but was new, fresh, and exciting. Marxism held out a promise that we not stay a semi-Asiatic country, but would become part of the West with its culture, institutions and atributes of a free political system. The West was our guiding light.

Petr Struve, one of the leading Marxist theorists, said he had subscribed to the doctrine because it offered a ‘scientific solution’ to Russia’a twins problems of liberation of autocracy and the misery of backwardness. His famous words of 1894 – ‘No, let us admit our lack of culture and enroll in the school of capitalism’ – became one of the mottoes of the movement. Lenin echoed it in 1921. Here perhaps, as Leo Haimson has suggested, was the the intelectual root of the movement’s attraction to the Jews. Whereas Populism offered na archaic vision of peasant Russia – a land of pogroms and discriminations against the Jews – Marxism offered a modern and Western vision. It promised to assimilate the Jews into a movement of universal human liberation – not just the liberation of the peasantry – based on the principles of internationalism.”

(Orlando Figes, A People’s Tragedy: The Russian Revolution 1891-1924, pp. 140-141)


A participação num grupo marxista levou Vladimir Ilitch a ser condenado a três anos de exílio na Sibéria. Os revolucionários e dissidentes da autocracia russa nunca voltavam de mãos vazias dessas temporadas de provação. Vladimir, que até então se dedicara a escrever breves artigos polêmicos e panfletos cheios de verve e invectivas, teve ocasião de escrever seu primeiro trabalho de fôlego, O Desenvolvimento do Capitalismo na Rússia (1899), no qual acertava as contas com os economistas narodniks:

“Voltando agora à teoria econômica narodnik, com cujos representantes tivemos que polemizar constantemente, poderíamos resumir as causas de nossas diferenças da seguinte maneira. Primeiro, nós só podemos considerar absolutamente erradas as próprias concepções narodniks do desenvolvimento do capitalismo na Rússia, e sua noção do sistema das relaçoes econômicas que precederam o capitalismo na Rússia; e o que é particularmente importante, do nosso ponto de vista, é que eles ignorem as contradições capitalistas na estrutura da economia camponesa (tanto agrícola quanto industrial). Além disso, se o desenvolvimento do capitalismo na Rússia é lento ou rápido, isso depende inteiramente com o que comparamos esse desenvolvimento. Se nós compararmos a época pré-capitalista da Rússia com a capitalista (e esta é a comparação necessária para chegar à solução correta do problema), o desenvolvimento da economia social sob o capitalismo tem que ser considerado como extremamente rápido. Se, contudo, nós comparamos a rapidez atual do desenvolvimento com o que poderia ser alcançado com o nível geral de técnica e cultura de hoje, a atual taxa de crescimento do capitalismo na Rússia deve ser considerada lenta. E só poderia ser lenta, pois em nenhum outro país capitalista existe tal sobrevivência de instituições antigas que são incompatíveis com o capitalismo, retardam o seu desenvolvimento, e pioram as condições dos produtores, que 'sofrem não só o desenvolvimento da produção capitalista, mas também a carência desse desenvolvimento'.”
(V. I. Lenin, The Development of Capitalism in Russia, capítulo VIII, seção VI The “mission” of capitalism)

A frase final em aspas simples é do Prefácio da primeira edição alemã d’O Capital (1867). Dada a sua importância para os marxistas russos, vale a pena citá-la mais extensamente:

O físico observa processos naturais seja onde eles aparecem mais nitidamente e menos turvados por influências perturbadoras, seja fazendo, se possível, experimentos que assegurem o transcurso puro do processo. O que eu, nesta obra, me proponho a pesquisar, é o modo de produção capitalista e as suas relações correspondentes de produção e de circulação. Até agora, a sua localização clássica é a Inglaterra. Por isso ela serve de ilustração principal à minha explanação teórica. (...)
Em si e para si, não se trata do grau mais elevado ou mais baixo de desenvolvimento dos antagonismos sociais que decorrem das leis naturais da produção capitalista. Aqui se trata dessas leis mesmo, dessas tendências que atuam e se impõem com necessidade férrea. O país industrialmente mais desenvolvido mostra ao menos desenvolvido tão-somente a imagem do próprio futuro.
Deixemos, porém, isto de lado. Onde a produção capitalista se implantou plenamente entre nós, por exemplo, nas fábricas propriamente ditas, as condições são muito piores do que na Inglaterra, pois falta o contrapeso das leis fabris. Em todas as outras esferas, tortura-nos – assim como em todo o resto do continente da Europa Ocidental – não só o desenvolvimento da produção capitalista, mas também a carência de seu desenvolvimento.
(Karl Marx, O Capital, Prefácio da primeira edição alemã, p. 12) 


Muitas coisas poderiam encantar os radicais fin-de-siècle nessas linhas: o cientificismo, que pretendia emular os métodos experimentais da física; o naturalismo, que supunha que os fenômenos sociais eram regidos por leis ou tendências semelhantes às leis naturais; o determinismo, que enunciava a necessidade “férreas” dessas leis ou tendências; o evolucionismo, que fazia das nações avançadas a imagem futura das nações atrasadas. Mas, a passagem do Prefácio deveria ter um encanto adicional para os jovens marxistas russos, pois no momento em que Marx publicou O Capital, a Alemanha era um país retardatário em que a industrialização ganhava impulso, embora longe dos níveis alcançados pela Inglaterra. Nos anos seguintes, com a vitória na Guerra Franco-Prussiana e a conclusão do processo de unificação, a Alemanha se tornaria uma potência industrial, com um imenso exército de trabalhadores organizados em sindicatos e representados politicamente pelo SPD, a despeito de todas as investidas anti-socialistas da autocracia prussiana. Portanto, se era verdade que as nações adiantadas ofereciam a imagem futura das nações atrasadas, a Rússia poderia se mirar no espelho alemão, o que só fazia reforçar a admiração e lealdade dos marxistas russos aos chefes do SPD e da Segunda Internacional. 

Nada disso escapava a Vladimir Ilitch. Certamente a analogia entre a Alemanha de 1867 e a Rússia de 1897 era tão atraente para ele quanto o era para toda a juventude marxista russa de então, mas é possível que ele fosse menos sensível às pretensões científicas de Marx do que os marxistas austríacos da mesma época, no ambiente fortemente positivista de Viena. O que é notável é que Vladimir Ilitch tenha vencido os encantos superficiais e efêmeros da passagem de Marx para avançar diretamente à contradição inerente ao capitalismo em países retardatários como a Rússia, em que o desenvolvimento incompleto e desigual das relações capitalistas causava sofrimento tanto pela desorganização e destruição das formas produtivas tradicionais à medida que avançavam as formas capitalistas, quanto pelo desenvolvimento insuficiente das formas capitalistas, situação que dificultava ou impedia a ampla organização operária para a luta de classes.

Os narodniks criticavam o capitalismo por destruir as formas produtivas tradicionais, mas perdiam de vista que, num mundo crescentemente governado pelas relações capitalistas, as formas produtivas tradicionais haviam se tornado arcaicas e ineficientes. Elas não poderiam servir de base para uma luta política eficaz contra o capitalismo nem poderiam oferecer um caminho para a superação dele. A contradição do desenvolvimento do capitalismo está em que somente o pleno desenvolvimento das formas capitalistas permite a sua dissolução; somente o desenvolvimento completo do capitalismo na Rússia poderia levar à constituição de uma classe operária organizada capaz de superar o capitalismo. 
A consciência dessa contradição escapou aos narodniks porque lhes faltava uma visão totalizante das relações sociais:

"Por último, talvez a causa mais profunda do desacordo com os narodniks é a diferença em nossos pontos de vista fundamentais sobre os processos econômicos e sociais. Ao estudá-los, um narodnik costuma tirar conclusões ligadas a alguma moral; ele não considera os diversos grupos de pessoas que tomam parte na produção como criadores de várias formas de vida; ele não se põe a mostrar a totalidade das relações sociais e econômicas como resultado das relações recíprocas entre esses grupos, que têm diferentes interesses e diferentes papéis históricos." 
(V. I. Lenin, The Development of Capitalism in Russia, capítulo VIII, seção VI The “mission” of capitalism) 

No exílio siberiano, Vladimir recebeu a notícia de que, em Minsk, um congresso de socialistas havia fundado o Partido Operário Social Democrata da Rússia. Esse congresso teve apenas nove participantes, que foram presos logo em seguida: “Três deles vinham da confederação judaica, quatro representavam grandes centros marxistas da Rússia e dois um jornal socialista ilegal (...) Os presentes eram apenas figuras secundárias. Os fundadores do marxismo russo, Plekhanov e Axelrod, estavam no Ocidente e líderes emergentes como Lenin e Martov, no exílio.” (Adam Ulam, Os bolcheviques, p. 176). A situação não parecia promissora, mas o início da socialdemocracia alemã, um quarto de século antes, também não fora nada auspicioso. Era preciso persistir. Um marxista não tem o direito de ser pessimista, dizia Ernst Bloch.


Ao ser libertado, Vladimir Ilitch seguiu para a Europa Ocidental. Aproximou-se de Plekhanov e, juntamente com Julius Martov, passaram a editar, em 1901, um jornal socialdemocrata que era contrabandeado para a Rússia. O periódico se chama Iskra (Faísca). Seu motto era provocador: “esta faísca deflagará um incêndio”. Foi nessa época que o infatigável Vladimir Ilitch Ulianov, com a têmpera adquirida na clandestinidade, no exílio, nas verrinas e no rigor intelectual, adotou o nom de guerre pelo qual seria lembrado: LENIN.



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Ein Marxist hat nicht das Recht, Pessimist zu sein



Ernst Bloch



Из искры возгорится пламя






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