sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Aviso aos navegantes austrais








Aviso aos navegantes austrais




Depois de tantos meses na companhia de Lenin e de Rosa Luxemburg, quase me dói suspender - mesmo que por algum tempo apenas - a incursão na palavra viva daqueles que leram o Manifesto Comunista da maneira mais radical.

Já é hora de voltar para o meu próprio tempo? Para quê? Que as récuas de tolos de 2015 se percam na sua tolice e as matilhas de odientos se afoguem no próprio ódio! 

“Pois nós, filósofos, necessitamos descanso de uma coisa sobretudo: do ‘hoje’. Nós veneramos o que é tranquilo, frio, nobre, passado, distante, tudo aquilo em vista do qual a alma não tem de se defender e se encerrar – algo com que se pode falar sem elevar a voz”. (*)

O sobrinho de Enesidemo segue, feliz, para o Sul.




(*) Nietzsche, Genealogia da Moral, O que significam ideais ascéticos, 8 (tradução de Paulo Cesar Souza)





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