Aviso aos navegantes austrais
Depois de tantos meses na
companhia de Lenin e de Rosa Luxemburg, quase me dói suspender - mesmo que por
algum tempo apenas - a incursão na palavra viva daqueles que leram o Manifesto
Comunista da maneira mais radical.
Já é hora de voltar para
o meu próprio tempo? Para quê? Que as récuas de tolos de 2015 se percam na sua tolice e as matilhas de odientos se afoguem no próprio ódio!
“Pois nós, filósofos,
necessitamos descanso de uma coisa sobretudo: do ‘hoje’. Nós veneramos o que é
tranquilo, frio, nobre, passado, distante, tudo aquilo em vista do qual a alma
não tem de se defender e se encerrar – algo com que se pode falar sem elevar a
voz”. (*)
O sobrinho de Enesidemo segue, feliz, para o Sul.
O sobrinho de Enesidemo segue, feliz, para o Sul.
(*) Nietzsche, Genealogia da Moral, O que significam ideais ascéticos, 8 (tradução de Paulo Cesar Souza)
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